DENTRO DE CADA LIVRO HÁ O MUNDO DOS OUTROS. QUANDO NOS
DESCOBRIRMOS NESSE MUNDO, DEIXAREMOS DE DESTRUIR, PORQUE
COMPREENDEREMOS QUE É A NÓS QUE DESTRUIMOS!
Dizem os teóricos que os livros para os mais novos se dividem em livros janela e livros espelho.
A janela mostra-lhes o que lhes é ainda desconhecido. No espelho, eles reconhecem o seu
ainda pequeno mundo.
Da minha janela, eu vejo passar os outros, as pessoas que comigo partilham a rua, a
cidade, a vida, o universo. São parecidas com as pessoas da minha casa, mas ao mesmo
tempo diferentes. Do lado de lá do meu ninho, há mais diversidade, há outras maneiras
de ver, de sentir. As outras pessoas vão a outros lugares, até parece que sorriem e
choram de forma diferente, e talvez por outros motivos.
Esta paisagem que vejo da minha janela faz-me querer saltar para a rua, olhar para as
pessoas e dizer: Eu vejo-me em ti, tu és o meu espelho, porque temos tanto em comum! Tu és
meu professor, porque tens tanto para me contar! Também sabes que o que eu te digo é
igualmente importante!
Se são estas as janelas de descoberta, de conhecimento, de partilha que os livros têm para nos
oferecer, se são estes os espelhos mágicos que nos devolvem empaticamente a imagem do
nosso semelhante, façamos dos livros a companhia diária da nossa família!
E é tão abrangente a palavra família!
Ela ultrapassa a porta da nossa casa e estende-se à humanidade e a outras formas de vida!
O desafio que cada livro janela nos coloca é o de ajudarmos a criança a encontrar lá dentro o
espelho que nele sempre existe.
Nesse encontro poderá estar a chave que abrirá o caminho para a paz e para o amor!
Vamos ler!
Vamos divertir-nos a construir um mundo melhor!